E A
GUERRA FRIA
O MUNDO PÓS-SEGUNDA GUERRA
MUNDIAL
TRANSFORMAÇÃO MUNDIAL
Após o fim da Segunda Guerra Mundial
o período entre 1945 e 1991 o ano da extinção da URSS (União das Repúblicas
Socialistas), os historiadores denominam esse período da história como o
período da Guerra Fria., esse período será marcado por uma série de
transformações no cenário político-econômico mundial, configurando assim uma
nova ordem mundial.
DIVISÃO DA ALEMANHA
Em fevereiro de 1945 durante a
Segunda Guerra Mundial, os representantes das três principais potências que
lutavam contra a Alemanha de Hitler se reuniram, Churchill (Inglaterra),
Roosevelt (EUA) e Stalin (RUSSIA), os três se reuniram na cidade de Yalta
Ucrânia, para discutir os rumos da política internacional quando a guerra
terminasse, e o que fazer com a Alemanha nazista que estava prestes a ser
derrotada.
POTSDAM
Meses depois, entre 17 julho e a 2
de agosto de 1945, já com o fim da Segunda Guerra Mundial, realizou a
conferência de Potsdam, com os representantes dos paises vitoriosos, (EUA,
Inglaterra e Rússia), ficou decidido que o território alemão seria dividido em
quatro zonas de ocupação: francesa,britânica, americana e soviética.
Posteriormente
, em 1949, o território alemão foi dividido em dois paises:
-
República Federal Alemã (RFA ou Alemanha Ocidental), com a capital em Bonn, sob
influência dos EUA.
-
República Democrática Alemã (RDA ou Alemanha Oriental), com a capital em
Berlim, sob influência da União Soviética.
Na Conferência de Potsdam os líderes não
conseguiram definir qual seria a orientação socioeconômica da Alemanha
pós-Hitler. Os únicos quatro pontos acertados foram à necessidade de tirar
qualquer influência do ex-ditador alemão da sociedade, a desmilitarização
alemã, a descentralização da economia e a reeducação dos alemães para a
democracia, após 12 anos de ditadura.
Com o clima crescente de hostilidade e disputa entre
os governos dos EUA e o da URSS levou também à divisão da cidade de Berlim em
duas partes.
-
Berlim Ocidental, sob influência do capitalismo dos EUA.
- Berlim Ocidental, sob influência do socialismo da
URSS.
MURO DE BERLIM
Após o fim da Segunda Guerra através
de financiamento feito pelo EUA, Berlim foi rapidamente reconstruída, sua
prosperidade econômica, logo se torna atrativo par o povo alemão, e começa
atrair muitas pessoas que viviam na Berlim oriental, cujo governo era
socialista, isso faz com várias pessoas comecem a migrar para Berlim Ocidental.
Nos anos de 1952 e 1961, calcula-se que tenha-se migrado aproximadamente cerca
de 2,5 milhões de pessoas de toda a Europa oriental para o lado Ocidental, em
busca de melhores condições de vida.
Para impedir a migração, o governo
da Alemanha Oriental, em agosto de 1961 constrói uma imensa cerca, que mais
tarde será substituída por um muro.
O MURO DE BERLIM foi construído e reforçado com
torres de vigilância, alambrados e cercas e em alguns lugares havia até mesmo
campo minado para evitar que as pessoas tentasse atravessar o muro.
Para os comunistas era uma barreira
necessária para evitar a perda da mão de obra qualificada para o lado
ocidental, por isso o chamavam de muro Antifascimo.
Para os capitalistas o muro demonstrava
o desrespeito dos comunistas a um dos princípios básicos dos direitos humanos:
“Toda a pessoa tem o direito de sair de qualquer país, inclusive do próprio, e
regressar ao seu país” (art 13 da Declaração Universal de Direitos Humanos, da
ONU). Por isso chamavam o muro de Muro da Vergonha.
A CONSTRUÇÃO
Em 13 de agosto de 1961, guardas
da Alemanha Oriental começaram a separar com arame farpado e concreto os lados
oriental e ocidental de Berlim, isolando Berlim Ocidental dentro do território
da Alemanha Oriental.
O muro teve inicio de sua construção
em uma noite, nessa noite foi feita a divisão da cidade de Berlim. O muro teve
como consequência muito drástica para a população, porque separou a parte
residencial da parte Industrial da cidade, muitas pessoas que estavam
trabalhando naquela noite não puderam retornar para seu lares e suas famílias,
muitos deles ficaram separados por mais de 28 anos (o tempo que o muro ficou de
pé), não tinha como passar de um lado do outro do muro.
A consequência para a Alemanha foi
terrível, foi drástica, e para o mundo o muro significou uma divisão do mundo
entre o mundo capitalista e o mundo socialista.
SOBRE O MURO
O funcionário do Serviço de Defesa da
Constituição de Berlim que estava de plantão no segundo final de semana de
agosto de 1961 não esperava ocorrências extraordinárias. Mas já na madrugada de
sábado para o domingo, dia 13, ele foi surpreendido à 1h54 pela notícia de que
o tráfego de trens entre Berlim Ocidental e Berlim Oriental fora suspenso.
A abrangência do fato, porém, só ficou
clara quando o dia amanheceu. A República Democrática Alemã (RDA) dera início à
construção de um muro entre as duas partes de Berlim, cortando o acesso de 16
milhões de alemães ao lado ocidental. "A fronteira em que nos encontramos,
com a arma nas mãos, não é apenas uma fronteira entre um país e outro. É a
fronteira entre o passado e o presente", era a interpretação ideológica do
governo alemão-oriental.
A RDA
via-se com razão ameaçada em sua existência. Cerca de 2 mil fugas diárias
haviam sido registradas até aquele 13 de agosto de 1961, ou seja, 150 mil desde
o começo do ano e mais de 2 milhões desde que fora criado o "Estado dos
trabalhadores e dos camponeses". O partido SED puxou o freio de emergência
com o auxílio de arame farpado e concreto, levantando um muro de 155
quilômetros de extensão que interrompia estradas e linhas férreas e separava
famílias.
Ainda
dois meses antes, Walter Ulbricht, chefe de Estado e do partido, desmentira
boatos de que o governo estaria planejando fechar a fronteira: "Não tenho
conhecimento de um plano desses, já que os operários da construção estão
ocupados levantando casas e toda a sua mão de obra é necessária para isso.
Ninguém tenciona construir um muro".
Nos
bastidores, porém, corriam os preparativos, sob a coordenação de Erich Honecker
e com a bênção da União Soviética. Guardas da fronteira e batalhões fiéis ao
politburo encarregaram-se da tarefa. Honecker não tinha a menor dúvida:
"Com a construção da muralha antifascista, a situação na Europa fica
estabilizada e a paz, salvaguardada".
As
potências ocidentais protestaram, mas nada fizeram. Para os berlinenses de
ambos os lados da fronteira, a brutalidade do muro passou a fazer parte do
cotidiano. Apenas 11 dias após a construção, morreu pela primeira vez um
alemão-oriental abatido a tiros durante tentativa de fuga. A última vítima dos
guardas da fronteira foi Chris Gueffroy, morto em fevereiro de 1989.
Em 9 de novembro daquele ano, os
habitantes de ambas as partes da cidade caíam incrédulos nos braços uns dos
outros, festejando o fim da muralha que acabou sendo derrubada pouco a pouco e
vendida aos pedaços como suvenir.
Fonte: http://www.dw.de/dw/article/0,,608522,00.html
Um dia após a liberação da
fronteira depois de 28 anos Berlim o muro começa a ser destruido.
Mais de
50.000 alemães sairam de Berlim na primeira semana depois que o governo
comunista liberou a saida pela tchecolslovaquia.
RECUPERAÇÃO
ECONOMICA DA EUROPA.
PLANO
MARSHALL
Após o termino da Segunda Guerra
as economias de muitos paises estavam destruida, os EUA, quando a guerra acabou
entra o Plano Marshall em 1947, que destinava recursos para a recupeação
econômica dos paises capitalistas do ocidente. O plano recebeu o nome por ter
sido elaborado pelo secretário de Estado do governo Harry Truman, o general
George Marshall. Que defendia a defesa do mundo capitalista e democratico pelo
EUA contra ameaças comunistas.
O Plano destina cerca de 13
bilhões de dolares, que beneficiariam principalmente a França, a Inglaterra, a
Italia, a Alemanha Ocidental, a Holanda e a Belgica. Esse investimentos
aceleraram a reativação de suas economias.
O japão a partir da decada de
1950, com a explosão da guerra da Coreia, o Japão também começa a receber
recursos dos EUA em moldes semelhantes, bem como os países do sudeste Asiático.
O EUA também ofereceu a Stalin
ajuda, mas este negou, e ainda não
deixou que nenhum outro país do bloco sovietico aceitasse.
COMECON
O
COMECON – Conselho para Assistência Econômica Mútua), foi lançado em 1949. Este
plano era de auxiliar os países do bloco soviético a reconstrução economica do
Leste Europeu. O Comecon teve muito sucesso.
ONU
Fundada em 24 de outubro de
1945, na cidade de São Francisco (Califórnia –
Estados Unidos), a ONU (Organização das Nações Unidas
Quando foi fundada, logo
após a Segunda Guerra
Mundial, contava com a participação de 51 nações. Ainda no clima do
pós-guerra, a ONU procurou desenvolver mecanismos multilaterais para evitar um
novo conflito armado mundial. Atualmente, conta com 192 países membros, sendo
que cinco deles (Estados Unidos, China,
Rússia, Reino Unido e França)
fazem parte do Conselho de Segurança. Este pequeno grupo tem o poder de veto
sobre qualquer resolução da ONU.
A Carta das Nações Unidas define como objetivos
principais da ONU:
- Defesa dos direitos fundamentais do ser humano;
- Garantir a paz mundial, colocando-se contra
qualquer tipo de conflito armado;
- Busca de mecanismos que promovam o progresso social das nações;
- Busca de mecanismos que promovam o progresso social das nações;
- Criação de condições que mantenham a justiça e o
direito internacional.
Você sabia?
- As línguas oficiais da ONU são inglês, francês,
russo, mandarim, espanhol e árabe.
- Atualmente (2007) a ONU é presidida pelo secretário geral sul-coreano Ban-Ki-Moon.
- A ONU é mantida através de contribuições financeiras feitas pelos países membros. Os países que mais contribuem são: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.
- Atualmente (2007) a ONU é presidida pelo secretário geral sul-coreano Ban-Ki-Moon.
- A ONU é mantida através de contribuições financeiras feitas pelos países membros. Os países que mais contribuem são: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.
OTAN
A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ou NATO (North
Atlantic Treaty Organization) é uma organização militar que se
formou no ano de 1949. Ela foi constituída no contexto histórico da Guerra
Fria, como forma de fazer frente à organização militar socialista Pacto de
Varsóvia, liderada pela ex-União Soviética e integrada por países do leste
europeu. A OTAN existe e atua até os dias de hoje, enquanto o Pacto de Varsóvia
deixou de existir na década de 1990, com a crise do socialismo no leste
europeu.
Países membros
Alemanha Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados
Unidos da América, França, Grécia, Países Baixos, Islândia, Itália,
Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Turquia, Hungria, Polônia,
República Tcheca, Bulgária, Estónia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e a
Eslovênia.
Objetivos
Como objetivos principais da OTAN, na atualidade, podemos
citar: garantir a segurança militar no continente europeu e exercer
influências nas decisões geopolíticas da região.
PACTO DE VARSÓVIA
O Pacto de Varsóvia, também conhecido como Tratado de Varsóvia, foi um
acordo de cooperação militar firmado em 17 de maio de 1955 pelos oito países
que formavam o Bloco do Leste (países socialistas). Recebeu este nome, pois o
tratado foi firmado na cidade de Varsóvia (Polônia). A sede da aliança militar
ficava na cidade de Moscou.
O Pacto de Varsóvia era liderado
pela União Soviética e surgiu no contexto da Guerra Fria, momento da história
em que houve uma grande corrida armamentista entre países socialistas e
capitalistas.
Objetivos Principais:
-
Ser um bloco militar que pudesse fazer frente à OTAN.
-
Proteger os países membros de um possível ataque militar da OTAN. Defesa mutua
em caso de ataque a algum país membro.
- Organizar militarmente os paises do Bloco do Leste,
foi estabelecido um Estado Maior conjunto que serviria para coordenar os
esforços nacionais em caso de guerra.
- Evitar uma declaração de guerra entre países
membros e as potências ocidentais.
Países
Membros:
União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (Lider), Bulgária, Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, República
Democrática Alemã (Alemanha Oriental), Albânia, Romênia,
Fim do Pacto do Varsóvia
O fim do Pacto de Varsóvia
deve ser entendido no contexto das mudanças ocorridas no leste europeu,
principalmente na União Soviética, a partir de 1989. Com o fim dos regimes
socialistas no leste europeu, o Pacto de Varsóvia deixou de fazer sentido. A
dissolução oficial foi firmada na cidade de Praga em 1 de julho de 1991.
CURIOSIDADE
MURO DE BERLIM
Com a primeira linha de pedra se estendendo
pela cidade, Krushev, então o chefe de Estado da URSS, mandava às favas a
imagem do socialismo no restante do mundo. O paredão viera para ficar. Era uma
monstruosidade arquitetônica que denunciava a estética kitsch, cinzenta, burra
e tosca, do comunismo soviético, ao tempo em que expunha a absoluta
insensibilidade das suas autoridades maiores. Quando ele ficou pronto, seu
cinturão externo, envolvendo completamente a cidade, media 155 quilômetros, enquanto que o
interno atingiu a 43 quilômetros: 37 deles na área residencial. Medindo em média 3,6 m, instalaram nele 302 torres de observação
e 20 bunkers, de onde os soldados atiravam em quem se arriscasse a
trespassá-lo.
Ao longo de quase trinta anos, os Vopos mataram 192 pessoas e feriam outras 200 que
tentaram fugir através dele, além de deterem outras 3.200 suspeitas de querer
evadirem-se.
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