REVOLUÇÃO
INGLESA
MONARQUIA
ABSOLUTISTA INGLESA
A Revolução
Inglesa tem inicio em 1642 e vai até 1689, é o período onde aparecem as
primeiras grandes transformações nas estruturas políticas e sociais que
caracteriza as sociedades européias.
O
absolutismo inglês teve inicio com o rei HenriqueVII (1457-1509), fundador da
dinastia dos Tudor. Ele assume o trono no final da Guerra das duas rosas
(1455-1485), conflito provocado por disputas pelo trono inglês entre duas
poderosas famílias da nobreza , os Lancaster e os York, grandes proprietários
de terras. A guerra das duas rosas ficou assim conhecida porque os Lancaster
tinham no brasão de família uma rosa vermelha, e os Yorks, uma rosa branca.
DINASTIA DOS TUDOR:
Henrique
Tudor, tinha laços com os Lancaster com
os Yorks, subiu ao trono como Henrique VII e implantou o absolutismo.
Conseguindo assim a pacificação do país. Seus herdeiros Henrique VIII e
Elizabeth I ampliaram os poderes da monarquia Inglesa.
ROMPIMENTO COM A IGREJA CATOLICA E FUNDAÇÃO DA IGREJA
ANGLICANA
Henrique
VIII rompe com o Papa e funda a Igreja Anglicana. Com esse rompimento todos os
bens da igreja católica como terras, igrejas, capelas, mosteiros, conventos e
tudo mais que pertencia a igreja católica passa agora a pertencer a igreja
Anglicana.
Elizabeth I
(1533-1603) fortaleceu ainda mais o absolutismo monárquico inglês e colaborou
ativamente para o crescimento do país. Em seu reinado, teve inicio a expansão
colonial inglesa, com a colonização da América do Norte e o apoio aos atos de
pirataria contra navios espanhóis.
DINASTIA TUDOR
A dinastia
Tudor governou a Inglaterra de forma absoluta, durante o século XVI, com o
apoio da burguesia e da pequena nobreza rural (conhecida pela palavra inglesa
gentry), pois seus interesses estavam em relativa harmonia. A gentry explorava
a terra com fins lucrativos, ao contrario do que ocorrera entre a nobreza no
antigo sistema feudal.
♦ Gentry – nobreza rural
INTERRESES DESSES DOIS GRUPOS – MONARQUIA E GENTRY
- A centralização do poder político, que garantia a ordem
social.
- A uniformização da moeda, do sistema de pesos e medidas e
das tarifas, que facilitava o comércio.
- A permissão conhecida aos corsários (piratas vinculados à
Coroa) para atacar navios inimigos, possibilitando o acesso a diversos
produtos, principalmente metais preciosos.
- O incentivo dado à expansão marítima e comercial, que
favorecia o crescimento capitalista.
A IGREJA ANGLICANA
A Igreja
Anglicana, controlada pelo Estado, também participava desse jogo de interesses:
mantinha nas cerimônias a forma ritual católica (liturgia, hierarquia
sacerdotal etc,), mas destacava o conteúdo calvinista da religião protestante.
A ética
religiosa calvinista era mais adequada aos valores burgueses em ascensão nesse
período, uma fez que estimulava o trabalho metódico, a eficiência, a poupança e
a acumulação de riquezas e legitimava o lucro.
FIM DA DINASTIA TUDOR
Com a morte
de Elizabeth I a dinastia Tudor chega ao seu fim, sem ter feito descendentes o
trono inglês passa a seu primo Jaime, Rei da Escócia (1566-1625), quês e tornou
soberano dos dois paises com o titulo de Jaime I em 1603, inaugurando a
dinastia dos Stuart, na Inglaterra e no País de Gales.
DINASTIA TUDOR
Os Stuart
também irão querer exercer o poder absolutista “de direito”, mas os membros do
Parlamento inglês não aceita, pois ia contra os interesses dos membros do
Parlamento, pois era essa instituição que de acordo com a Magna Carta de 1215,
detinha o poder “de direito”
Pois nesse
momento o absolutismo tornou-se incômodo aos interesses da burguesia e da
gentry, que dominavam o Parlamento.
Esses dois
grupos (burguesia e gentry), perceberam que os amplos poderes do rei e sua
intervenção nos assuntos econômicos poderiam atrapalhar seus negócios. Então os
Stuart entraram em choque com o Parlamento: o rei lutava pelo poder absoluto, e
a maioria dos parlamentares defendia a limitação jurídica do poder real.
O REI E A IGREJA ANGLICANA
Essa luta
pelo poder entre monarquia e Parlamento teve reflexos no campo religioso. Para
conseguir o apoio da nobreza católica tradicional, o rei estabeleceu, por meio
de uma severa legislação religiosa, que a Igreja Anglicana deveria valorizar a
forma litúrgica católica, em vez do conteúdo calvinista. A burguesia, fiel aos
princípios calvinistas, ficou ainda mais descontente, dando origem, então, a
novas vertentes religiosas
PURITANOS
Os calvinistas
ingleses, chamados de puritanos, queriam uma igreja desligada do poder do
Estado, na qual os bispos não fossem nomeados pelo rei, cada igreja (templo)
seria dirigida por um pastor indicado pelo conselho dos membros mais idosos da
igreja (presbíteros).
PARLAMENTO X REI
Em 1628, o
Parlamento inglês solicitou formalmente, por meio da petição de Direitos que o
rei não poderia criar impostos, nem convocar o exercito, nem mandar prender
pessoas sem prévia autorização parlamentar. No ano seguinte, o sucessor de
Jaime I, Carlos I (1600-1649), reagiu a essa petição, fechando o Parlamento e
perseguindo os lideres políticos que lhe faziam oposição.
Em 1640,
Carlos I viu-se obrigado a convocar o Parlamento, a fim de conseguir recursos
financeiros para combater uma revolta escocesa contra seu governo. Uma vez
reunidos, os parlamentares tomaram novamente uma série de medidas limitando o
poder do rei. Decretaram, por exemplo, uma lei que proibia o monarca de
dissolver o Parlamento e tornava obrigatória a convocação do órgão pelo menos
uma vez a cada três anos.
Esses
acontecimentos agravaram ainda mais o conflito entre o rei e o Parlamento,
desencadeando o inicio da Revolução Inglesa.
PROCESO REVOLUCIONÁRIO
A Revolução
Inglesa pode ser dividida em quatro partes:
- GUERRA CIVIL (1642-1648);
- REGIME REPUBLICANO (1649-1659);
- RESTAURAÇÃO DA MONÁRQUIA(1660-1688);
- REVOLUÇÃO GLORIOSA (1688-1689);
GUERRA CIVIL E A MORTE DO REI
Irritado
com a oposição parlamentar, Carlos I mandou sua guarda invadir a sede do
Parlamento e prender seus principais lideres. Estes, por sua vez, organizaram
tropas para lutar contra as forças do rei. Teve assim a guerra civil.
Na divisão
das forças em conflito, estavam do lado do rei, principalmente, a nobreza
anglicana e a católica. Do outro lado do Parlamento estavam, basicamente a
burguesia , a gentry, os Yeomen (pequenos e médios proprietários rurais), os
camponeses e os pobres.
As tropas
do Parlamento foram lideradas por Oliver Cromwell, que organizou um novo modelo
de exército (O NEW MODEL ARMY), cujos postos de comando eram conquistados por
merecimento militar e não mais pela origem da família, como ocorria no exército
organizado pelo monarca. A adoção desse critério estimulou os combatentes,
contribuindo para o fortalecimento das tropas de Oliver.
A guerra
civil chegou ao fim com a vitória das tropas do Parlamento. O rei Carlos I foi
preso e condenado à morte, sendo decapitado em 30 de janeiro de 1649.
REGIME REPUBLICANO
Após
esmagar as oposições, Oliver Cromwell instalou na Inglaterra o regime
republicano, comandando o país de 1649 a 1658.
O regime ditatorial aplicado por ele ficou conhecido como protetorado.
Entre os acontecimento que marcaram esse período, destacam-se:
- Formação da Comunidade Britânica (1651) – Inglaterra, Irlanda e
Escócia foram unificaos numa só republica ( a Comunidade Britânica), sob o
comando de Cromwell.
- Ato de Navegação (1651) – por esse decreto, Oliver Cromwell
determinou que todas as mercadorias importadas ou exportadas pela Inglaterra
deveriam ser transportadas em navios ingleses ou em navios dos paises
produtores das mercadorias. Seu objetivo era fortalecer o desenvolvimento da
marinha inglesa e dominar o transporte marítimo mundial.
- Guerra contra os Holandeses – os holandses declararam guerra
contra a Inglaterra por causa do ato de navegação, pois a Holanda era o maior
país em transporte marítimo, principalmente no transporte de açúcar para a
Inglaterra. A Inglaterra vence a guerra e se torna a maior potencia naval do
mundo.
- Estabelecimento do título de Lorde Protetor (1653) – Oliver assumiu o titulo de
Lorde Protetor da Comunidade Britânica. Seu cargo tornou-se vitalício e
hereditário.
Após a morte de Oliver (1658), seu filho Ricard,
assumiu o poder, dando continuidade ao governo republicano.
RESTAURAÇÃO MONÁRQUICA:
Ricardo não
tinha a mesma habilidade política e administrativa de seu pai. Assim manteve-se
no poder por apenas oito meses, sendo deposto pelos principais chefes
militares, que agiam em sintonia com o Parlamento.
A VOLTA DO STUART AO PODER
O
Parlamento decidiu, então, restaurar a dinastia dos Stuart, convidando Carlos
II a assumir o trono britânico. O rei, entretanto, deveria governar sob o
domínio político do Parlamento.
O período
da restauração dos Stuart estendeu-se pelos reinados de Carlos II (1660-1685) e
de seu irmão, Jaime II (1685-1688).
REVOLUÇÃO
GLORIOSA – O FIM DO ABSOLUTISMO
Durante seu
governo, Jaime II tentou restabelecer o absolutismo e ampliar a influência do
catolicismo. Isso gerou novos conflitos entre os grupos sociais que apoiavam o
Parlamento e os que apoiavam a monarquia e desejavam o absolutismo.
A maioria
do Parlamento decidiu, então, tirar do poder o rei Jaime II. Para isso,
estabeleceu um acordo com o príncipe holandês Guilherme de Orange (casado com
Maria Stuart, filha de Jaime II): ele assumiria o trono inglês, com a condição
de respeitar os poderes do Parlamento.
A batalha
entre os soldados de Guilherme de Orange e as tropas de Jaime II ficou
conhecida como Revolução Gloriosa (1688-1689), que culminou com a derrota do
monarca inglês.
GUILHERME ASSUME O TRONO INGLÊS
Com o
titulo de Guilherme III, Orange assumiu o trono Britânico. Teve entretanto, de
assinar a Declaração de Direitos (Bill of Rights), que limitava seus poderes em
vários aspectos. O rei não poderia, por exemplo, suspender lei alguma, nem
aumentar impostos sem aprovação do Parlamento. Estabelecia-se assim, a
superioridade do Parlamento sobre a vontade do rei: era o fim do absolutismo na
Inglaterra.
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Bill of
Rights - significa uma
carta de Declaração de direitos dada
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ao Parlamento onde
assegura o poder do Parlamento.
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Após a Revolução Gloriosa, o Parlamentarismo
como sistema de governo estabeleceu-se definitivamente na Inglaterra, que se
tornou, assim, uma monarquia parlamentar, para caracterizar a nvoa condição do
monarca inglês, tornou-se costume dizer na época, que o “O REI REINA, MAS NÃO GOVERNA”
CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO
- Fim do absolutismo na Inglaterra – o poder do rei passou a ser
limitado pelo Parlamento. Desenvolvia assim, o Estado liberal, baseado em três
poderes equilibrados: Legislativo, Executivo e Judiciário.
- Avanço Capitalista – a Inglaterra rompeu definitivamente com o sistema
feudal e abriu espaço para o avanço do capitalismo, promovendo medidas como a
transformação da estrutura agrária, a modificação das relações trabalhistas no
campo e o aperfeiçoamento das técnicas de produção. Estabeleceu-se um acordo
político e econômico entre a burguesia das cidades e a natureza rural, o que
promoveu o crescimento econômico inglês. O país tornou-se a maior potência
comercial da época, lançando as bases para o desenvolvimento do capitalismo
industrial.
- Tolerância religiosa – os ingleses passaram a desfrutar
de mais liberdade religiosa que outros europeus. Embora o anglicanismo
predominasse, ao catolics e outros protestantes era permitido celebrar seus
cultos. Na mesma época, na maioria dos reinos e principados europeus, só era
permitida a pratica de uma religião, de acordo com o principio expresso por
Bossuet: “Um rei, uma fé, uma lei”
- Liberdade de expressão política e filosófica – a monarquia parlamentar
proporcionou maior liberdade de expressão política e filosófica, fazendo com
que o regime inglês fosse admirado, no século XVIII, por intelectuais liberais
de várias regiões da Europa, a exemplo do filósofo francês Voltaire.
É muito interessante esta história de intrigas entre a família York e a família Lancaster. Não é a toa que inspirou Game of Thrones...
ResponderExcluirSe trata de uma séria de intrigas que inicia com o fraco rei Henrique VI, que recebe um forte apoio e vence Ricardo de York. Depois o filho, Eduardo de York vinga o pai, tomando o trono e mantendo o antigo rei cativo, com o apoio de um barão que era conhecido como "fazedor de reis", o Barão de Wareick. E por aí vai...
A história da Guerra das Rosas parece que foram uma longa série de batalhas pelo poder travadas entre a família Lancaster e a família York.
Abraços!
mt bom
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